Nosso direito vem!
Música adaptada por Maria Clara da Silva
A PLATAFORMA MORADAS é um espaço de registro das trajetórias, lutas e memórias das mulheres que compõem o movimento de luta por moradia no estado do Espírito Santo, produzida pelo projeto “O que pode a (noção de) proteção social na relação com as políticas de moradia?” – viabilizada com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (FAPES) – e do Projeto de Extensão “MORADAS: Políticas de moradia e processos de subjetivação nas realidades de Ocupação na Grande Vitória/ES”, da Universidade Federal do Espírito Santo.
A partir da pesquisa realizada, os passos, caminhos, desafios e demandas de mulheres que são referências na luta por políticas de moradia no estado do Espírito Santo (ES), ganham a cena nesta plataforma, por meio de falas que expressam suas vidas e conquistas de transformação do complexo cenário das políticas habitacionais no Brasil.
O PROJETO
A pesquisa “O que pode a (noção de) proteção social na relação com as políticas de moradia?” – viabilizada com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (FAPES), teve como objetivo investigar de que modo uma perspectiva ampliada da noção de proteção social da população pode contribuir para a afirmação das políticas de moradia como aposta de resistência às formas de precarização da vida, viabilizando uma plataforma que reúna tais informações e que possa subsidiar ações de política pública que atuem intersetorialmente. Neste sentido, direciona-se na intenção de debater os caminhos da noção de proteção social como elemento histórico no âmbito das políticas públicas e sociais, estabelecendo relação com as também históricas políticas habitacionais no Brasil; além de configurar-se como um registro da memória política da história do movimento de luta por moradia no ES.
Para isso, reuniu até o momento as histórias de três corajosas mulheres, que tiveram suas trajetórias de vida marcadas pelo trabalho no âmbito dos Direitos Humanos, lutando pela garantia de acesso a direitos básicos, de populações que historicamente vivenciam as violações e violências da desigualdade social, racial, de gênero e territorial, que constituem a realidade brasileira.
As narrativas de Maria Clara, Adriana (Baiana) e Rafaela, sobre elementos como cuidado e trabalho, construção de lideranças, resistências diante dos desafios das lutas cotidianas, os espaços ocupados pelo movimento de moradia, os embates jurídicos, a fragilidade de acesso às políticas públicas e as redes criadas nesse caminho, são contadas ao longo das páginas que você pode encontrar por aqui. Te convidamos a caminhar nessa trajetória com a gente!
Trajetória e vida
Maria Clara
A vida simples no interior de Minas Gerais, a ausência da mãe e de direitos básicos como a educação, fez com que Maria Clara vivesse uma infância com constantes mudanças de casa. Seu pai trabalhava na roça e só conseguia ver os filhos quinzenalmente, fazendo com que ela e seus irmãos ficassem sob os…
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Rafaela
Trabalhar numa empresa de limpeza de condomínio, morar de aluguel, sustentar e cuidar de uma tia acamada, filho e sobrinha pequenos sempre foi uma tarefa muito árdua para Rafaela. Equilibrar tantas responsabilidades e ainda poder sonhar em adquirir a casa própria era algo muito distante de sua realidade.
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Adriana (Baiana)
A luta pela moradia nasce com a própria existência de Adriana, mais conhecida como Baiana. Nascida em Salvador, com o pai vaqueiro e a mãe sempre trabalhando em roça de cacau, mudar de casa era uma rotina “são quatorze irmãos e aí nós nunca teve casa, moradia, a gente mudava de fazenda em fazenda de l…
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As narrativas da pesquisa
Escolha umas delas e se deixe levar pelas narrativas…