Nosso direito vem, nosso direito vem se não vem nosso direito o Brasil perde também
Nosso direito vem nosso direito vem se não vem nosso direito o Brasil perde também.
Só porque tem muita terra e tem gado por fartura.
Por negar o seu irmão esse pobre sem figura.
Cuidado com seu mistério, um dia no cemitério nossa carne se mistura.
Nosso direito vem, nosso direito vem se não vem nosso direito o Brasil perde também.
Quem pensar que a terra é pouca é mentira meu irmão
pois tem terra pra chuchu pra arroz e pra feijão
pra cenoura e batata e também pra habitação
Nosso direito vem, nosso direito vem se não vem nosso direito o Brasil perde também
Quem negar nossos direitos será negado também
chega de tanta promessa sem sentido para ninguém
mas com os irmãos unidos tudo muda de sentido mas nosso direito vem
Nosso direito vem, nosso direito vem se não vem nosso direito o Brasil perde também
Aqui teme no pedido ao nosso pai soberano que fez o céu e a terra sem cometer um engano Agora o povão unido o mundo
muda de sentido mas nosso direito vem

Nosso direito vem!

Música adaptada por Maria Clara da Silva

A PLATAFORMA MORADAS é um espaço de registro das trajetórias, lutas e memórias das mulheres que compõem o movimento de luta por moradia no estado do Espírito Santo, produzida pelo projeto “O que pode a (noção de) proteção social na relação com as políticas de moradia?” – viabilizada com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (FAPES) – e do Projeto de Extensão “MORADAS: Políticas de moradia e processos de subjetivação nas realidades de Ocupação na Grande Vitória/ES”, da Universidade Federal do Espírito Santo.

A partir da pesquisa realizada, os passos, caminhos, desafios e demandas de mulheres que são referências na luta por políticas de moradia no estado do Espírito Santo (ES), ganham a cena nesta plataforma, por meio de falas que expressam suas vidas e conquistas de transformação do complexo cenário das políticas habitacionais no Brasil.

O PROJETO

A pesquisa “O que pode a (noção de) proteção social na relação com as políticas de moradia?” – viabilizada com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (FAPES), teve como objetivo investigar de que modo uma perspectiva ampliada da noção de proteção social da população pode contribuir para a afirmação das políticas de moradia como aposta de resistência às formas de precarização da vida, viabilizando uma plataforma que reúna tais informações e que possa subsidiar ações de política pública que atuem intersetorialmente. Neste sentido, direciona-se na intenção de debater os caminhos da noção de proteção social como elemento histórico no âmbito das políticas públicas e sociais, estabelecendo relação com as também históricas políticas habitacionais no Brasil; além de configurar-se como um registro da memória política da história do movimento de luta por moradia no ES.

Para isso, reuniu até o momento as histórias de três corajosas mulheres, que tiveram suas trajetórias de vida marcadas pelo trabalho no âmbito dos Direitos Humanos, lutando pela garantia de acesso a direitos básicos, de populações que historicamente vivenciam as violações e violências da desigualdade social, racial, de gênero e territorial, que constituem a realidade brasileira.

As narrativas de Maria Clara, Adriana (Baiana) e Rafaela, sobre elementos como cuidado e trabalho, construção de lideranças, resistências diante dos desafios das lutas cotidianas, os espaços ocupados pelo movimento de moradia, os embates jurídicos, a fragilidade de acesso às políticas públicas e as redes criadas nesse caminho, são contadas ao longo das páginas que você pode encontrar por aqui. Te convidamos a caminhar nessa trajetória com a gente!

As narrativas da pesquisa

A seguir você encontrará, através das categorias da pesquisa, o que pensam e dizem as mulheres entrevistadas sobre temas relevantes para a luta por moradia e os enfrentamentos que marcaram suas histórias.

Escolha umas delas e se deixe levar pelas narrativas…